Horário de verão, Ministério de Minas e Energia está considerando o retorno do horário. Como uma possível solução para atenuar os efeitos da crise hídrica que afeta o setor elétrico no Brasil. A decisão ainda está em análise e depende de um aval do governo federal.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, confirmou a possibilidade em uma entrevista recente, ressaltando que o horário de verão poderia beneficiar a economia. Aliviando a pressão sobre o sistema elétrico em um momento delicado, marcado pela escassez de chuvas, altas temperaturas e elevado consumo de energia, especialmente nos horários de pico.
“É o momento em que a maioria das pessoas chega em casa, liga o ar-condicionado, ventilador e televisores, o que gera um pico de demanda“, destacou o ministro.
Embora a decisão seja de natureza política e não técnica, já que o horário de verão não resulta em uma economia significativa de energia. Ele pode deslocar o horário de maior consumo.
O principal impacto seria no período do início da noite, quando a energia solar já não é gerada e a produção eólica ainda não atingiu seu auge.
Nesse intervalo, a demanda precisa ser atendida pelas usinas hidrelétricas ou termelétricas, estas últimas sendo mais caras e poluentes.
A possível retomada do horário de verão também foi defendida pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Sugerindo que a medida pode contribuir para a economia de energia e que uma campanha de conscientização contra o desperdício seria benéfica.
Horário de Verão Permanente
O horário de verão foi introduzido no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, mas só se tornou uma prática regular a partir de 1985. A ideia por trás da medida era aproveitar a maior duração da luz natural nos dias de verão, reduzindo o consumo de energia elétrica.
No entanto, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro decidiu suspender o horário. Argumentando que as mudanças nos padrões de consumo de energia, juntamente com os avanços tecnológicos, tornaram a medida obsoleta.
Mesmo durante a crise hídrica de 2021, o governo optou por não reativar o horário de verão, após consultar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
